ABIH-RJ vai cobrar na justiça dívida de quase R$ 5 milhões de diárias não pagas pela Rio-2016

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Alfredo Lopes diz que a alternativa é recorrer a justiça

Uma ação judicial impetrada por quase 30 hotéis do Rio de Janeiro, padronizada pela ABIH-RJ pretende cobrar da organização da Rio-2016 uma dívida de quase R$ 5 milhões da Rio-2016 relativas a diárias não pagas pela entidade. De acordo com Alfredo Lopes, presidente da ABIH-RJ a dívida foi reconhecida pela entidade, mas o pagamento da mesma vem sendo postergado desde o final da Olimpíada, sem previsão de pagamento. O dirigente deu detalhes sobre o débito ao lembrar que inicialmente o cálculo da Rio-2016 foi feito de forma equivocada.

“Eles fizeram o cálculo sobre 25 diárias em cada unidade, o que garantia um apartamento cortesia. Só que esse cálculo estava equivocado porque nem sempre se obtinha esse nível de ocupação. Muitas vezes se tinha 18, 20, 22 apartamentos ocupados e isso não foi levado em consideração. A organização da Rio-2016 reconheceu o erro no cálculo e prometeu nos pagar a diferença. Só que isso não aconteceu no prazo previsto e foi sendo adiado seguidamente até que se chegou a uma conclusão sem qualquer data definida. Ou seja, corremos o risco de ficar no prejuízo e em função disso decidimos entrar na justiça para valer nossos direitos”, afirmou.

PREOCUPAÇÃO – O dirigente também não esconde sua preocupação com a questão da segurança e os fatos ocorridos após a Olimpíada. “Estamos as portas de mais uma temporada de verão e já tivemos neste curto espaço de tempo um arrastão e um tiroteio em plena Zona Sul. Esses fatos aliados a crise econômica do Estado nos deixam bastante preocupados pois o aumento do nível da violência urbana pode colocar por terra todo o ganho obtido com a maior visibilidade e a imagem positiva do Rio de Janeiro no exterior e no mercado nacional”, explica.

Alfredo Lopes considerou normal o volume de dispensa de funcionários no período pós Olimpíada que já ultrapassou 1.500 demissões no setor. “Muitos hotéis tiveram um reforço na contratação de mão de obra e com o fim da Olimpíada e os níveis de ocupação caindo para a faixa de 48% a 50% é natural que isso aconteça, pois é resultado de um processo de oferta e demanda do mercado” afirmou.

 

Fonte: Mercado e Eventos