O Carnaval de 2019 deve impulsionar a receita das atividades turísticas no País ao gerar uma movimentação financeira de R$ 6,78 bilhões, uma alta de 2,0% na comparação com 2018. A inflação baixa e dólar cerca de 20 mais caro vão favorecer o fluxo interno de turistas e ajudar setor a crescer, na comparação com o Carnaval passado. Esta é a estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Será primeiro crescimento na receita do setor para o período festivo, após três anos de quedas consecutivas. “Neste ano, a massa de rendimentos está mais favorável e mais pessoas estão ocupadas. Isso, em um ambiente de inflação baixa e crédito mais barato, beneficia gastos não essenciais”, explica Fabio Bentes, economista-chefe da Confederação. Para ele, a conjuntura econômica também favorece aumento do fluxo de turistas dentro do País.
GERAÇÃO DE VAGAS
Para atender ao aumento sazonal de demanda, a CNC estima a contratação de 23,6 mil trabalhadores temporários entre janeiro e fevereiro de 2019, alta de 23,4% em relação ao carnaval de 2018 (19,1 mil) e o maior contingente de temporários desde 2015 (21,2 mil). Com aproximadamente 18,4 mil vagas ofertadas, o segmento de serviços de alimentação deverá ser o responsável por cerca de 78% das oportunidades geradas.
BARES E RESTAURANTES
Os segmentos de alimentação fora do lar, como bares e restaurantes, devem movimentar R$ 4,1 bilhões, seguido pelo de transporte rodoviário, com R$ 859,3 milhões, e o de serviços de meios de hospedagem, que vão faturar R$ 774,3 milhões. Juntas, essas atividades vão responder por mais de 84% da receita gerada com o carnaval.
REGIÕES
Os Estados do Rio de Janeiro (R$ 2,1 bilhões) e de São Paulo (R$ 1,9 bilhão) vão ser responsáveis por 62% da movimentação financeira durante a folia, seguidos por Minas Gerais (R$ 615,5 milhões), Bahia (R$ 561,9 milhões), Ceará (R$ 320 milhões) e Pernambuco (R$ 217,6 milhões). Os demais estados, juntos, contabilizam pouco mais de R$ 1 bilhão.
PREÇOS
Os preços de 17 serviços mais demandados durante o carnaval registraram oscilação média de +4,3%, uma variação abaixo da média histórica para o período, com destaque para a queda no item excursões (-1,7%) e o aumento de apenas 2,6% nas diárias médias dos meios de hospedagem, como hotéis e pousadas. Já os preços dos bens com maior demanda no carnaval tiveram aumento de 11,1% em 12 meses, puxados pelos preços de combustíveis, como óleo diesel (+21,8%), gás veicular (+19,9%) e gasolina (+18,6%). Os itens como cerveja (-1,8%), carne de porco (-0,9%) e linguiça (-0,2%) estão mais baratos que em 2018.
Fonte: Mercado e Eventos
Imagens: Reprodução / site M&E